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Newsletter – Edição Especial InCodes

É com muito prazer que o ILD apresenta nosso novo projeto: <In>Codes! 

Se, assim como nós, você não é da tecnologia, mas agora precisa dela para viver, queremos muito que você participe do nosso projeto! 

Vamos falar sobre criptografia, o que ela é, como vive, do que se alimenta e porquê a gente precisa dela, especialmente hoje, que estamos conectados 16h da nossa vida (E talvez mais, se você não dorme 8h por dia). 

Partindo da discussão sobre a desinformação (ou famosa fake news), segurança e economia, vamos desvendar as conexões que a criptografia tem com esses 3 temas. 

Você está ouvindo sobre a gente agora, mas nosso projeto está na praça há algum tempo! Nos últimos meses conversamos com mais de 30 pessoas dos mais diversos backgrounds para saber o que eles pensam sobre desinformação, se eles vêem uma conexão com a criptografia, quais as formas de combatê-la e como fazer isso em ambientes não-moderados.

Quando falamos em desinformação, olha o que eles disseram para nós:

Ao longo das próximas semanas, vamos compartilhar com vocês os resultados da nossa pesquisa, então fique atento em nosso site e redes sociais! 

Toda semana novos conteúdos! Vem com a gente! 

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O vira-lata caramelo virou moeda digital!

Brasileiros criaram o Vira-lata Finance ($REAU), a criptomoeda meme que tem a carinha do vira-lata caramelo da nota de R$ 200. Com base em um protocolo de finanças descentralizada (DeFi), a Vira-Lata Finance tem entre seus objetivos ajudar ONG´s de animais abandonados; oferecer uma alternativa ao sistema financeiro tradicional e criar uma comunidade de DeFi no Brasil. 

Para refrescar a memória, já tivemos uma criptomoeda brasileira há uns anos atrás, a chamada Dilmacoin, uma sátira da ex-presidente que gerou mais de 50,4 milhões de unidades

Se você já é leitor do ILD há um tempo, deve ter visto o quanto as criptomoedas tem se valorizado. Para referência, a bitcoin, uma das criptomoedas mais famosas, esteve cotada a mais de R$ 295 mil no dia 25 de março. Será que o $REAU vai conseguir valer mais que 1 real?


O combate à desinformação ganhou mais um aliado

A nova estratégia anunciada pelo título trata-se de um aplicativo, criado pela Startup Truepic, que adiciona uma nova configuração nas câmeras de smartphones e sinaliza a hora e local em que as fotos foram capturadas, permitindo que outros verifiquem a boa fé de imagens e vídeos.

A iniciativa foi desenvolvida para auxiliar o grupo Coalition for Content Provenance and Authenticity (C2PA) que conta com grandes nomes como Adobe, Arm, intel, Microsoft, twitter, New York Times e BBC. A união dessas grandes empresas tem como objetivo certificar a proveniência de conteúdos e combater a disseminação de imagens falsas na internet, permitindo que imagens e vídeos sejam marcados com informações criptografadas sobre onde e como as fotos foram tiradas, assim, eventual alteração e manipulação de imagem deixará um rastro para posterior investigação.


Mais uma ferramenta de espionagem na Web?

 Após ter instituído o Ato de Poderes de Investigação em 2016, que regulava a receptação de comunicação e dados dos usuários, o Reino Unido agora testa em segredo uma ferramenta de espionagem na web. A novidade é um esforço conjunto da polícia e empresas de tecnologia e visa o monitoramento e armazenamento de dados de navegação de todos os usuários do país. A medida segue o Ato de Poderes de Investigação de 2016, que buscava regular esse tipo de tratamento de dados, e está sendo conduzida por empresas não nomeadas do setor privado, em conjunto com órgãos governamentais. Em matéria publicada no Wired, o movimento foi chamado de o sistema mais poderoso de coleta de dados utilizado por uma nação democrática. A posição oficial é de que os testes estão sendo conduzidos com o devido cuidado, mas a controvérsia permanece, principalmente, por causa da falta de transparência. 


Dropbox terá gerenciador de senhas gratuito

O site de armazenamento e pastas seguras Dropbox anunciou recentemente que disponibilizará uma versão limitada do seu gerenciador de senhas, o Dropbox Passwords, para todos os usuários com o plano básico (gratuito) a partir de abril.

O Dropbox Passwords foi lançado originalmente no segundo semestre de 2020, e serve para auxiliar os usuários a gerenciar e armazenar as suas senhas com segurança. Até então, o serviço era oferecido apenas aos usuários de planos pagos. 

O plano básico também passará a oferecer:

·      Armazenamento de 50 senhas em local seguro

·      Acesso a senhas com sincronização automática em até 3 dispositivos

·      Possibilidade de compartilhar senhas com outras pessoas (ainda não em abril)

Caso o usuário deseje ampliar esses limites, poderá optar por um plano pago, a partir de US$11 por mês (em torno de RS67).


Mas e a segurança?

Com a aprovação e início da fase de vacinação contra o COVID-19, um novo horizonte de esperança de voltarmos a “viver normalmente” volta a parecer realidade em muitos países. Foi a partir dessa possibilidade que começou-se a falar em passaportes digitais de vacinação, um documento que atesta a vacinação do indivíduo digitalmente e permite a retomada do turismo internacional. Na Dinamarca, por exemplo, foi anunciado pelo governo que dentro de quatro meses o passaporte digital provando a vacinação já será uma realidade.Foi nessa mesma linha que chegou à Câmara de Deputados o PL 959/21, de Felipe Carreras (PSB-PE), alterando a Lei de Vigilância Epidemiólogica, a fim de criar o Passaporte Digital de Imunização no Brasil. O objetivo, segundo ele, é facilitar o controle sanitário em locais com aglomeração de pessoas a partir do passaporte digital. Mesmo sendo um aplicativo que lida com dados considerados sensíveis pela LGPD, o PL nada dispõe sobre a importância de desenvolver tal passaporte protegendo a privacidade da população – algo que aparece no desenvolvimento que está sendo realizado por outras entidades, como a IBM, que tem desenvolvido um aplicativo baseado na tecnologia de blockchain.


Pedido de acesso excepcional a criptografia pelo FBI ganha força após invasão ao Capitólio

Há anos o FBI e os Departamentos de Justiça americanos pedem acesso excepcional as tecnologias criptografadas para que possam ler as comunicações contidas nos dispositivos, contudo após a invasão ao capitólio que ocorreu no dia 06 de janeiro e após a Polícia do Capitólio alertar sobre um plano de um grupo de extremistas para uma segunda tentativa de invasão no último dia 04, os ânimos se intensificaram novamente sobre a temática da criptografia.

Christopher A. Wray, diretor do FBI, e outros oficiais compareceram a audiências no senado dos EUA e informaram que houve uso de tecnologias criptografadas nas comunicações utilizadas pelos invasores e que ainda há risco de novos ataques. Além disso, o diretor afirmou que o governo não está em busca de uma “porta dos fundos” e que alguns especialistas em tecnologia (não identificados) afirmaram a possibilidade das empresas de tecnologia criarem uma maneira de ter acesso legal quando confrontadas por uma autoridade.

As empresas de tecnologia e especialistas da área continuam acreditando que estes argumentos são apenas de fachada quanto a todos os argumentos apresentados ao longos dos anos e, assim, continuam com posicionamentos contrários a métodos que forneçam acesso de terceiros a dados criptografados em virtude de se criar uma vulnerabilidade no sistema e assim colocar em risco a segurança e a privacidade da sociedade.


Cientistas desenvolvem gerador que facilita a criptografia

Os esforços conjuntos de cientistas internacionais vinculados a universidades de prestígio nos Estados Unidos, Singapura e Irlanda, criaram um sistema de laser de geração automática de números que pode representar um grande avanço na ciência da criptografia. O mecanismo é capaz de gerar chaves criptográficas e senhas de uso único até 100 vezes mais rápido do que as ferramentas disponíveis no mercado, garantindo a segurança e a praticidade. Os cientistas usam o laser para criar padrões refletidos em uma ampulheta e interpretados pelo sistema automatizado, comparando o aspecto único da sequência numérica à um floco de neve. Para o professor Wang Qijie, líder do projeto, a iniciativa é diferente dos outros softwares semelhantes por dar mais foco ao aspecto da segurança dos dados e não apenas no valor ou na rapidez. 


Por que a criptografia é essencial para a Comunidade LGBTQ+?

Lançada em meados de Janeiro, a cartilha da LGBT Tech em parceria com a Internet Society traz informações importantes sobre o papel da criptografia em proteger as informações de pessoas LGBTQ+ e dicas de como utilizá-la.

Segundo a organização, a tecnologia, ao mesmo tempo que permite que pessoas LGBTQ+ possam se encontrar, se apoiar e se empoderar na internet, também cria importantes desafios à privacidade desta comunidade em particular, à medida  que muitos ainda estão escolhendo com quem vão compartilhar sua orientação sexual. 

Composta por especialistas de diversos backgrounds, a LGBT Tech desenvolve programas e recursos para apoiar comunidades LGBT, não só provendo acesso à tecnologia como também realizando pesquisas e apoiando seus interesses em diálogos junto à policy makers e empresas. 


Esta newsletter faz parte da pesquisa do Instituto Liberdade Digital e contou com a participação da equipe do Instituto: Alinne Lopes, Ana Julia Bernardi, Beatriz Moraes, Camila Akemi, Giovanna Guilhem, Maria Marinho e Roberta Battisti.

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